Uma questão de Dignidade

Com certeza que já conheceste alguem que tem muito pouco, mas que anda de postura reta e cabeça erguida e outros que têm muito, mas andam com uma postura curvada e um olhar fugidio. E também certamente conheces quem entre numa sala e “encha” o espaço com a sua presença e energia e quem entra num espaço e nem sequer damos por ela.

O que os outros sentem ou vêm em ti tem muito a ver com a tua própria confiança. E a confiança em nós próprias depende do que pensamos sobre nós e sobre o que ACREDITAMOS ser o nosso valor.

Ser digna tem tudo a ver com o reconhecimento do nosso próprio valor. E esta palavra “valor” não se reduz a dinheiro ou a poder económico ou social. Apesar disso, tem uma importância muito maior do que qualquer um desses aspetos.

Para já deixa-me dizer-te algo muito importante: podes até não acreditar agora, mas garanto que o teu valor não é determinado pelos erros que cometeste no passado ou pelo que os outros pensam sobre ti. É, sim, determinado por TI PRÓPRIA.

O que significa que tu tens o poder de determinar o teu próprio valor. Não cabe a ninguém determinar o teu valor. Tu decides quanto vales e deves enraizar essa crença profundamente no teu ser.

O valor que te atribuis está intrinsecamente ligado ao valor que os outros te atribuem. Portanto, se tu própria não vês o teu valor, é provável que os outros também não.

Há uns anos, não sei se te lembras, havia um anúncio televisivo a uma marca de leite que tinha a frase “se não gostares de ti, quem gostará”…talvez pela sua simplicidade tão verdadeira, nunca me saiu da cabeça. Não concordas? Tens que gostar de ti e para isso tens que te saber merecedora do teu próprio amor!

Uma das minhas citações favoritas do Tony Robbins é "quer acredites que vales 100 ou que vales 1000, tu tens toda a razão". Isso significa que a maneira como tu te vês é a maneira como os outros te verão. Se tu acreditas que vales menos, é assim que os outros te irão tratar – como se valesses pouco. Mas se começares a acreditar que vales mais, atrairás pessoas que veem o teu valor e te tratam de acordo com essa perspetiva.

É ainda importante, lembrares-te que, tratares os outros como tu gostarias de ser tratada nem sempre os ajuda a entender as TUAS necessidades. Por vezes, apenas contribui para atender às suas próprias necessidades egoístas. É vital que te habitues a comunicar as TUAS necessidades de forma clara e assertiva. Não tenhas medo de falares por ti própria e deixar que os outros saibam o que TU PRECISAS.

Sei bem quanto é difícil ter baixa auto-estima, duvidar constantemente de nós mesmas e sentirmos que não somos boas o suficiente. Mas quero lembrar-te de que tu tens um propósito nesta vida (embora possas não o ver claramente), e esse propósito é valioso. Ninguém além de ti tem esse exato propósito.

Tu tens, eu sei que tens, um conjunto único de habilidades, talentos e experiências que fazem de ti a pessoa que és, e isso é algo que tem de ser celebrado. É importante reconheceres a diferença que tu fazes no mundo. Tu tens uma perspetiva diferente da de qualquer outra pessoa, e essa perspetiva pode ser incrivelmente preciosa. O mundo precisa da tua voz, dos teus talentos e das tuas contribuições. Sem ti, o mundo seria um lugar diferente e as pessoas que te rodeiam seriam diferentes também.

Lembra-te de que tu não estás sozinha. Não há problema em pedir ajuda e apoio de pessoas que te são próximas ou até mesmo de uma terapeuta. Mereces sentires-te bem contigo mesma e com o teu lugar no mundo.

Mas como é que podes começar a reconhecer seu próprio valor? Começa por pensar positivamente sobre ti mesma. Concentra-te nos teus pontos fortes e no que tens a oferecer. Lembra-te das coisas que tu conseguiste realizar e dos desafios que superaste. Orgulha-te da tuas qualidades, características e experiências únicas.

Deixo-te aqui 5 ações que podes colocar em prática JÁ para começares a mudares a tua perceção, ganhares consciência do teu próprio valor e aumentares a tua auto-estima.